A alma da festa

junho 1, 2020 / no comments

A alma da festa

 

É comum ouvir que certas pessoas são a alma da festa: transbordam alegria contagiante por onde passam.

Mas, também é comum ouvir que essas pessoas transbordantes fazem esforços descomunais para não dar mostras dos vários lados que a vida lhes cobra, sobretudo, o lado da dor. É que também elas têm problemas, embora, jurem que não os tenham. Apresentam sempre um rosto alegre, descontraído, descuidado, jovial. Mas isso pode esconder necessidades profundas.

Sabemos que a vida não é fácil, e há um lado dela do qual queremos escapar. Nem sempre, porém, a solução das angústias se encontra num rosto bem cuidado, que não permite revelar o quanto estejamos interiormente perturbados por ansiedades e medos avassaladores, preocupações relativas a doenças, finanças, problemas de trabalho, discussões familiares…

O melhor de ser a alma da festa é continuar sendo a alma da própria festa, mesmo estando sozinho.

Evitar qualquer forma de solidão indica o medo de que, nessa situação, os problemas reprimidos venham à tona. Se o meio de evitar a solidão for se atirar a atividades, empreendimentos, sociedades, trabalhos paroquiais, organizações de caridade… OK. Tudo isso é bom, também. Mas, só isso, cansa e esgota, a si mesmo e aos outros.

Algumas euforias lembram um potente farol aceso na estrada escura: à frente, toda luz; atrás, toda treva. Esconder ansiedades torturantes por detrás da fachada de “alma-da-festa” pode levar ao desânimo e à desistência, bem no meio de projetos que não chegaram a termo.

Há quem prefira a amplidão à profundidade.

Pode ser bom. A menos que não passe a vida toda voando feito borboleta, de flor em flor, num voo trêmulo, que nunca se decide onde irá se sentar. Sem mais nem menos, pode levantar voo, e ir atrás de outra flor.

 

Artigo de Dom José Francisco Rezende Dias, Arcebispo de Niterói e Presidente do Regional Leste 1 – CNBB

Pastoral da AIDS celebra Vigília pelos mortos de AIDS em 2020

maio 16, 2020 / no comments

Pastoral da AIDS celebra Vigília pelos mortos de AIDS em 2020

No terceiro domingo de maio (17), a Pastoral da Aids da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Vigília Pelos Mortos de Aids, em todas as regiões episcopais, onde de forma on-line ou individual farão orações pelas pessoas que morreram com Aids.

A Vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que iniciou em maio 1983. Um grupo formado por mães, parentes e amigos de pessoas que morreram por causa do HIV, organizou, em Nova Iorque, a Primeira Vigília Pelos Mortos da Aids. Este ano a vigília traz o tema “No brilho da Luz, Fortalecer a Esperança”, expressão que coloca em comunhão as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, com aquelas que cuidam da vida e buscam que os direitos humanos sejam respeitados.

A 37ª Vigília pelos Mortos de AIDS da Pastoral da AIDS em 2020 conclama a todos a manterem acesa a chama da esperança, visando fortalecer a solidariedade, os laços fraternos, o espírito comunitário e o interesse público, colocando a vida humana em primeiro lugar.

Folheto
Hora Santa
Sugestões

 

Veja abaixo a mensagem de Dom José Francisco Rezende Dias, Presidente do Regional Leste 1 – CNBB e Bispo Referencial para a Pastoral da AIDS no Estado do Rio de Janeiro