Regional Leste 1 – CNBB Regional Leste 1 – CNBB
  • O Regional
    • Quem Somos
    • História
    • Assembleia Regional
    • Bispos
    • Presidência
    • Secretariado Executivo
  • Comissões Pastorais
    • Ação Missionária e Cooperação Intereclesial
    • Ação Social Transformadora
    • Administração
    • Animação Bíblico Catequética
    • Comunicação Social
    • Cultura e a Educação
    • Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso
    • Juventude
    • Laicato
    • Liturgia
    • Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada
    • Vida e a Família
  • (Arqui) Dioceses
    • Adm. Apostólica Pessoal de São João Maria Vianney
    • Barra do Pirai – Volta Redonda
    • Campos dos Goytacazes
    • Duque de Caxias
    • Itaguaí
    • Niterói
    • Nova Friburgo
    • Nova Iguaçu
    • Petrópolis
    • São Sebastião do Rio de Janeiro
    • Valença
  • Notícias
    • Todas as Notícias
    • Artigos
    • Dioceses
    • Igreja no Brasil
    • Igreja no Mundo
    • Regional
    • Sociedade
    • Vaticano
  • Comunicação
    • Ao vivo
    • Sintonia Regional
  • Agenda
  • Contato
  • O Regional
    • Quem Somos
    • História
    • Assembleia Regional
    • Bispos
    • Presidência
    • Secretariado Executivo
  • Comissões Pastorais
    • Ação Missionária e Cooperação Intereclesial
    • Ação Social Transformadora
    • Administração
    • Animação Bíblico Catequética
    • Comunicação Social
    • Cultura e a Educação
    • Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso
    • Juventude
    • Laicato
    • Liturgia
    • Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada
    • Vida e a Família
  • (Arqui) Dioceses
    • Adm. Apostólica Pessoal de São João Maria Vianney
    • Barra do Pirai – Volta Redonda
    • Campos dos Goytacazes
    • Duque de Caxias
    • Itaguaí
    • Niterói
    • Nova Friburgo
    • Nova Iguaçu
    • Petrópolis
    • São Sebastião do Rio de Janeiro
    • Valença
  • Notícias
    • Todas as Notícias
    • Artigos
    • Dioceses
    • Igreja no Brasil
    • Igreja no Mundo
    • Regional
    • Sociedade
    • Vaticano
  • Comunicação
    • Ao vivo
    • Sintonia Regional
  • Agenda
  • Contato

Chorar com os que choram

O dia 15 de setembro, no calendário das celebrações litúrgicas da Igreja católica, faz-se memória de Nossa Senhora da Piedade, ou também, Nossa Senhora das Dores. A cidade de Nova Iguaçu teve sua origem junto à capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade que, em 1699, o alferes José Dias de Araújo construiu, à margem direita do rio Iguaçu. Em 1719, Iguaçu foi elevada à Freguesia Curada, podendo assim contar com assistência religiosa mais estável de um sacerdote. Neste ano de 2019, portanto, contam-se 300 anos deste fato que se situa entre os marcos da história da região. Em 1833, com a criação da Vila de Iguaçu, Nossa Senhora da Piedade é nomeada padroeira do novo município. Com a criação da Diocese em 1960, ela se torna co-padroeira da Diocese, tendo Santo Antônio o lugar do Padroeiro.

A imagem de Nossa Senhora da Piedade é de grande inspiração para as mulheres e os homens de todos os tempos. Ela manifesta a proximidade de Maria ao mistério da Cruz do seu Filho. Junto à cruz de Jesus estava a sua Mãe, nos conta o evangelista São João (Jo 19, 25). A expressão do olhar da mulher que recebe o Filho morto em seus braços, revela algo que é mais forte que a dor: o seu amor materno que olha para o Filho e que sabe transcender a sua dor, sendo solidária ao sofrimento de toda a humanidade. Maria sabe que a causa das dores do seu Filho e de sua morte se encontra no pecado que separa o homem de Deus e o aliena num mundo construído à revelia do projeto de amor que o Criador pensou para ele. Sabe que a humanidade que se distancia de Deus e de seu projeto acaba por reproduzir mais dores. Por isso, ela se coloca ao lado dos que sofrem e sabe chorar com os que choram (Rm 12, 15).

Nosso mundo continua trazendo em si tantas marcas de sofrimentos e dores. Nesta última semana presenciamos tragédias muito próximas a nós que nos comoveram e nos colocaram diante da pergunta sobre o sentido da existência humana e da dor. Também nestes casos não nos paralisamos nas perguntas, mas tentamos, como Maria, transcender a dor em tantos gestos de solidariedade que se multiplicaram e ainda se multiplicam, alguns, inclusive, verdadeiramente heroicos. A marca da dor atravessa a história da humanidade e os nossos dias não escapam da sua presença. Recentemente, lendo o diário de Etty Hillesum, uma judia morta no campo de concentração de Auschwitz, no ano de 1943, deparei-me com uma afirmação surpreendente, na boca de alguém que percebia que a morte estava à espreita. Ela conta que de repente lhe veio este pensamento: “sempre haverá sofrimento, na realidade o que importa é a razão pela qual a pessoa sofre”. A dor não é a última palavra. Até mesmo ela pode ser transfigurada quando há uma razão que seja capaz de superar o seu peso e de dar sentido ao sofrimento porque se está passando. E nada é suficientemente forte para superar a dor senão o amor. Como lembra o livro bíblico do Cânticos dos Cânticos: “o amor é mais forte do que a morte” (8, 6).

Na imagem de Nossa Senhora da Piedade a dor é transfigurada pelo amor de uma mãe. Cristo também, com o seu amor deu sentido a uma morte que, de trágica, se tornou capaz de ir até o extremo da doação de amor, manifestação de um amor que não se impõe limites. Nós cristãos cremos que este amor foi o que salvou o mundo. Como Cristo e como Maria somos chamados a colocar-nos do lado dos sofredores do nosso tempo, tornando-nos solidários, ajudando-os a carregar a cruz, como novos Cirineus, sabendo chorar com os que choram, ajudando nossos irmãos a transfigurar a dor em amor.

 

Artigo de dom Gilson Andrade da Silva, bispo de Nova Iguaçu (RJ)

Compartilhar:
Posted in: Artigos, Dioceses, Dom Gilson, Notícias, Nova Iguaçu Tagged: Baixada, Baixada Fluminense, Dom Gilson, Nova Iguaçu Author: Assessoria de Imprensa

REGIONAL LESTE 1 - CNBB © 2019 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. DESENVOLVIDO POR: Agência Hesed