Papa: a Unção dos Enfermos não é só para quem está “prestes a morrer”

julho 5, 2024 / no comments

Papa: a Unção dos Enfermos não é só para quem está “prestes a morrer”

 

 

A intenção de oração de Francisco para este mês é a pastoral dos enfermos. E precisamente ao sacramento da Unção dos enfermos é dedicado O Vídeo do Papa, que acompanha as suas palavras.

Na vídeomensagem, divulgada através da Rede Mundial de Oração do Papa, Francisco pede que rezemos “para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança”.

Consolar, motor da esperança

“Quando o sacerdote se aproxima de uma pessoa para lhe dar a Unção dos Enfermos, não está necessariamente a ajudá-la a despedir-se da vida. Pensar assim é desistir de toda a esperança. É dar por adquirido que depois do padre vem o coveiro”, comenta Francisco no início do vídeo.

Os sacramentos da Igreja são dons, as formas como Jesus se faz presente para abençoar, animar, acompanhar, consolar. A Igreja acredita e confessa que o sacerdote vem ajudar, ao administrar a Unção dos Enfermos, um sacramento que proporciona consolo aos que sofrem alguma doença e aos seus mais próximos.

Um sacramento com dimensão comunitária

O convite do Papa Francisco à oração de toda a Igreja é uma forma de tornar visível que a Unção dos Enfermos é um sacramento de natureza comunitária e relacional.

“No momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno”, afirmou o Papa perante milhares de fiéis, numa audiência geral, em fevereiro de 2014, dedicada a este sacramento.

A proximidade de Jesus

Este sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem jaz enfermo ou do idoso, o alívio dos seus sofrimentos e o perdão dos seus pecados, mas não é sinónimo da receção de um milagre de cura do corpo nem de uma morte iminente.

A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido, continuou o Papa. No entanto, “é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados. E isto é muito bonito!” – daí a sua importância pastoral.

As imagens que acompanham as palavras de Francisco – filmadas em duas dioceses dos Estados Unidos: Allentown (Pensilvânia) e Los Angeles (Califórnia) – põem em destaque precisamente os diferentes contextos em que o sacramento pode ser administrado.

No vídeo, realizado por uma equipe de profissionais da arquidiocese de Los Angeles, entrelaçam-se duas histórias aparentemente muito diferentes em idade e situação clínica do enfermo, mas unidas pela graça do sacramento e pelo grande afeto daqueles que se reúnem em volta de quem recebe o sacramento.

A Unção dos Enfermos à luz dos Evangelhos

O padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, salienta que, embora já haja muitas pessoas que redescobriram a profundidade do Sacramento da Unção dos Enfermos, este ainda é visto, frequentemente, como uma forma de preparar os doentes para a morte.

“É isto que o Papa Francisco diz, quando recorda que, quando alguém está gravemente doente, queremos sempre adiar o sacramento da Unção dos Enfermos, pois persiste a ideia de que o coveiro chega depois do sacerdote (audiência geral de 26 de fevereiro de 2014). Por isso, o Papa Francisco deseja que este mês possamos redescobrir toda a profundidade e o verdadeiro sentido deste sacramento, não apenas como preparação para a morte, mas como um sacramento que consola os doentes em alturas de doença grave, bem como os que lhe são queridos, e dá força a quem os cuida”.

“A pessoa doente não está sozinha; com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no seu sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezemos por elas, e se entendemos que padecem uma doença grave, bem como aos idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam este sacramento de consolação e esperança”, conclui o padre Fornos.

Assista ao vídeo:

Vídeo do Papa: Francisco pede para que rezemos pela formação das religiosas, religiosos e seminaristas

maio 3, 2024 / no comments

Vídeo do Papa: Francisco pede para que rezemos pela formação das religiosas, religiosos e seminaristas

 

 

Em O Vídeo do Papa deste mês, Francisco dedica a sua intenção de oração à formação das religiosas, dos religiosos e dos seminaristas. Na sua mensagem vídeo, difundida pela Rede Mundial de Oração do Papa e realizada com a colaboração da Arquidiocese de Los Angeles e com o apoio de Hallow, insiste que “cada vocação é um ‘diamante bruto’ que deve ser polido, trabalhado, que deve ser moldado em todas as suas faces”.

Uma formação integral e para toda a vida

Na constituição apostólica Veritatis gaudium, sobre as Universidades e as Faculdades Eclesiásticas, o Papa sublinha que a formação integral das vocações sacerdotais e religiosas deve abranger tanto a dimensão humana como a espiritual, pastoral e comunitária. Da mesma forma, deve ter em conta a diversidade cultural e social. Na mesma linha, Francisco retoma no vídeo esta exigência e insiste que a formação “os leve a ser testemunhas credíveis do Evangelho”. Nesse sentido, a formação não consiste apenas na aquisição de conhecimentos, mas na experiência de um encontro profundo com Jesus.

A formação na vida comunitária

A vida comunitária é um aspeto central da vida de um religioso, de uma religiosa ou de um sacerdote. Para o Papa, este é um dos pontos-chave na formação e preparação de quem responde a esta vocação. Nesse sentido, reflete que, embora esta experiência possa ser “enriquecedora”, por vezes também “pode ser difícil”, e comenta: “Porque não é o mesmo viver juntos que viver em comunidade”.

Para Francisco, viver e relacionar-se com os outros nem sempre é fácil, mas a vida comunitária é sempre uma escola de santidade onde se cresce nas diversas virtudes humanas e se aprende a ir além de si mesmo.

Anos muito importantes

É precisamente a vida comunitária que desempenha um papel central nas imagens de O Vídeo do Papa deste mês, que acompanham as palavras de Francisco: desde os jogos de basquetebol às refeições conjuntas, passando pelos momentos comuns de oração e estudo, e, claro, a Eucaristia e o serviço aos mais pobres, cada jovem seminarista, religioso ou religiosa fortalece a sua vocação na partilha de experiências e no confronto constante com os outros. Os anos de formação são muito importante na preparação de cada consagrado, e as cenas da vida filmadas na Arquidiocese de Los Angeles – que participou na produção deste vídeo – relatam a sua beleza, sublinhando vários aspetos da mensagem do Papa: sobretudo, o conceito que a formação é um caminho contínuo, e que – como repete o Santo Padre – “um bom sacerdote, uma religiosa, deve antes de tudo ser um homem, uma mulher, formados, trabalhados pela graça do Senhor”.

A alegria do Evangelho

A Arquidiocese de Los Angeles contribuiu de forma decisiva para este vídeo, colocando vários profissionais ao serviço da Rede Mundial de Oração do Papa para contar da melhor maneira possível a intenção de oração mensal de Francisco. “Estamos gratos por apoiar o Papa Francisco, convidando pessoas de todo o mundo a rezar pelos seminaristas e as religiosas enquanto procuram discernir o belo plano de Deus para as suas vidas”, disse Mons. José H. Gómez, Arcebispo de Los Angeles. “A nossa equipa digital propôs-se personificar a alegria irradiada pelos jovens que dedicam a sua vida ao serviço de Deus e do seu povo”, disse Sarah Yaklic, Diretora Digital da Arquidiocese de Los Angeles. “Esperamos que a alegria do Evangelho que se vê no vídeo do Papa deste mês fortaleça os que estão em formação e encoraje outros jovens a considerar uma vocação religiosa”.

Um compromisso renovado

O Vídeo do Papa deste mês também recebeu o apoio de Hallow, uma aplicação de oração nascida nos Estados Unidos. O seu cofundador, Alessandro DiSanto, comenta: “É uma verdadeira honra e uma bênção poder apoiar o Santo Padre e a iniciativa O Vídeo do Papa. Como aplicação centrada em ajudar pessoas de todo o mundo a encontrar paz e propósito na sua relação pessoal com Deus, estamos especialmente emocionados por patrocinar este vídeo sobre a formação de religiosos e religiosas, bem como de seminaristas. Estamos extremamente gratos a estes homens e mulheres que aceitaram heroicamente as suas vocações religiosas, desde os sacerdotes que chegam aos fiéis com os sacramentos até às religiosas que servem a nossa Igreja de tantas formas e com sacrifício. A nossa sincera esperança é que este vídeo suscite um compromisso renovado em apoiar aqueles que discernem ou vivem uma vocação religiosa, que de uma forma única, servem como mãos de Cristo na terra”.

A missão de enviados com outros

O Padre Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, analisa o conteúdo da mensagem e reflete: “É positivo que Francisco nos lembre, uma vez mais e à luz da Veritatis gaudium, a importância de uma formação integral dos jovens que fazem o seu caminho na vida religiosa ou como seminaristas. Tal formação deve abranger todas as dimensões da vida humana: afetiva, espiritual, pastoral e comunitária. Num contexto eclesial marcado por abusos de poder, de consciência e sexuais, que têm raízes estruturais e ideológicas, é fundamental que a formação promova uma abertura à dimensão humana e afetiva, facilitando o autoconhecimento; promova uma autêntica experiência de encontro com Cristo, de modo que o testemunho de vida possa comunicar a Boa Nova aos outros; fomente a convivência em comunidade, para aprender a aceitar e valorizar as diferenças e o trabalho em equipa; compreenda o contexto intercultural e inter-religioso; e assegure uma formação académica de qualidade, para melhor servir a missão de Cristo. A necessidade de uma formação integral é imperativa. Não basta adquirir conhecimentos. Além disso, esta formação integral prepara os jovens não só para enfrentar os desafios atuais, mas também para atuarem como pontes de diálogo num mundo caracterizado pela sua pluralidade e diversidade. A capacidade de estabelecer um diálogo construtivo e de manter a abertura para com os outros é essencial para a missão da Igreja, mostrando um rosto compassivo, compreensivo e próximo para com todas as pessoas”.

Confira o “Vídeo do Papa” na íntegra abaixo:

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Fonte: Vatican News