VIII Dia Mundial dos Pobres: A Igreja ao lado dos necessitados

novembro 15, 2024 / no comments

VIII Dia Mundial dos Pobres: A Igreja ao lado dos necessitados

 

 

Celebrado anualmente pela Igreja no 33º Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco em 2016, por ocasião da conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A iniciativa tem por objetivo promover uma reflexão sobre a cultura do desperdício e suscitar ações concretas de solidariedade aos mais pobres, como sinal de fraternidade.

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) adotou a Jornada Mundial dos Pobres (JMP), e não apenas o Dia Mundial dos Pobres, visando promover não apenas uma celebração pontual, mas sim um período de preparação que fomente nas comunidades ações concretas em prol das pessoas em situação de pobreza.

A oitava edição da Jornada teve início no último dia 10 e culminará com o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no próximo domingo (17). Tem como tema “Ouve o meu clamor” e o lema “A oração do pobre eleva-se até Deus” (cf. Sir 21, 5), em sintonia com o ano dedicado à oração, em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025.

Em sua mensagem para o VIII Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco destacou: “Neste ano dedicado à oração, precisamos fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. É um desafio que temos de aceitar e uma ação pastoral que precisa ser alimentada. Com efeito, a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual.”

A Igreja no Brasil mobilizada

Dom José Valdeci Santos Mendes, presidente da Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora (Cepast), encoraja para que a JMP seja “essa grande mobilização de solidariedade, de justiça social e de compromisso com nossos irmãos e irmãs, especialmente as pessoas mais vulneráveis”.

A Comissão preparou e disponibilizou digitalmente um material para auxiliar as comunidades, incluindo roteiro celebrativo e orante, sugestões de atividades e materiais de comunicação.

Mensagem de Dom José Valdeci Santos Mendes

A bênção das chaves e o almoço na Sala Paulo VI

Como de costume, o Papa Francisco presidirá a Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro às 10h locais. Antes da Santa Missa, o Santo Padre abençoará simbolicamente 13 chaves, que representam os 13 países em que a Aliança Famvin para os Sem-Teto (FHA), da Família Vicentina, construirá novas casas para pessoas desfavorecidas, com o projeto “13 casas” para o Jubileu. Dentre estes países encontra-se também a Síria, cujas 13 casas serão financiadas diretamente pela Santa Sé como gesto de caridade para o Ano Santo.

Este grande ato de solidariedade foi possível graças à generosa doação da UnipolSai (uma companhia de seguro italiana), que quis contribuir com entusiasmo em vista do Ano Santo a este sinal de esperança para uma terra ainda martirizada pela guerra. Depois, na Sala Paulo VI, o Papa almoçará junto com 1.300 pobres. O almoço, organizado pelo Dicastério para o Serviço da Caridade, será oferecido, este ano, pela Cruz Vermelha Italiana e será animado por sua Fanfarra Nacional. Ao final do almoço, cada pessoa receberá uma mochila oferecida pelos Padres Vicentinos (Congregação da Missão), contendo alimentos e produtos de higiene pessoal.

Informações CNBB e Vatican News

Comissão da CNBB disponibiliza material para animar a VIII Jornada Mundial dos Pobres (JMP)

outubro 23, 2024 / no comments

Comissão da CNBB disponibiliza material para animar a VIII Jornada Mundial dos Pobres (JMP)

 

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em consonância com seu compromisso de acolhimento e escuta, convida a a Igreja no Brasil a unir-se em solidariedade às pessoas em situação de pobreza durante a VIII Jornada Mundial dos Pobres (JMP). Por meio de sua Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, a CNBB apresenta a Identidade Visual desta significativa iniciativa, a ser realizada entre os dias 10 e 17 de novembro de 2024.

Nesta oitava edição da Jornada dos Pobres, o tema “Ouve o meu clamor” e o lema “A oração do pobre eleva-se até Deus” (cf. Sir 21, 5) convidam a seguir o chamado do Papa Francisco: “abrir nossos corações à oração e à solidariedade com os mais necessitados. Que esta jornada nos una em encontros, convivência, escuta e cuidado, para podermos caminhar juntos, como irmãos e irmãs, construindo um mundo mais justo e fraterno para todos”.

Preparativos para a JMP com zelo pastoral

A equipe executiva, com dedicação, finalizou diversos materiais e propostas que já estão disponíveis para auxiliar na organização de iniciativas que valorizem a Jornada Mundial dos Pobres e promovam a solidariedade e o cuidado com os mais necessitados.

Acesse a pasta com os materiais aqui: (arquivos)

Subsídio celebrativo e orante: para aprofundar a reflexão sobre o tema da Jornada e a espiritualidade da pobreza. O material poderá disponibilizado a partir do 1º de outubro.

Sugestões de atividades: visitas às comunidades que estão em situação de vulnerabilidade, realizar momentos de oração e partilha, ações de solidariedade e promoção da dignidade humana, com as pessoas empobrecidas.

Materiais de comunicação: para divulgar a Jornada e sensibilizar a sociedade sobre a importância do cuidado com os pobres. Serão disponibilizados materiais de comunicação.

Dia Mundial dos Pobres

O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco em 2016, ao final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A data, celebrada anualmente no 33º Domingo do Tempo Comum, busca conscientizar a comunidade sobre a realidade da pobreza e convidar todos a ações concretas de solidariedade e compaixão com os mais vulneráveis.

A iniciativa surgiu como um chamado à Igreja e à sociedade para reconhecerem a presença de Cristo nos pobres e excluídos, e para responderem a essa realidade com amor e serviço. No Brasil, a Igreja adotou a Jornada Mundial dos Pobres, e não apenas o Dia Mundial dos Pobres, para ir além de uma celebração pontual e promover um período amplo de reflexão, conscientização e ações concretas em prol das pessoas empobrecidas. A ação, que se estende por uma semana, permite que as comunidades e paróquias se envolvam em diversas atividades com as pessoas em situação de pobreza.

Símbolos da Jornada Mundial dos Pobres 2024

A arte criada para a VIII Jornada Mundial dos Pobres é rica em simbolismo, transmitindo mensagens sobre a importância da compaixão, da solidariedade e da justiça social. Cada elemento visual foi cuidadosamente escolhido para representar os desafios enfrentados pelas pessoas em situação de empobrecimento e para inspirar ações concretas em resposta ao seu clamor.

 

Através desses símbolos, a arte da Jornada Mundial dos Pobres convida à reflexão sobre a realidade da pobreza e nos inspira a agir em favor de um mundo justo e solidário, onde o clamor dos pobres seja ouvido e atendido.

A Comunidade eclesial: Em uma Igreja unida, encontramos referências na comunhão, na diversidade, na solidariedade. Somos comunidades que se apoiam, celebram juntas e caminham na fé, reconhecendo que a união fortalece nossa missão e testemunho e leva a compromissos concretos.

Mesa da refeição: esta é a mesa da abundância, um espaço onde todos são bem-vindos, independentemente de sua origem, condição social ou crenças. Aqui, a comida é um símbolo de união e partilha, um lembrete de que todos merecem ter suas necessidades básicas atendidas. A mesa da abundância é um lugar de inclusão, onde ninguém é deixado de fora.

A cisterna: evoca a ação da Igreja na promoção de políticas públicas que garantam o acesso à água, um direito humano fundamental. Representa a busca por mudanças estruturais que proporcionem dignidade e desenvolvimento às comunidades.

A feira da agricultura familiar: simboliza a conexão vital entre o campo e a cidade, promovendo o desenvolvimento local e a segurança alimentar. A parceria entre a Igreja e o poder público fortalece essa iniciativa, valorizando a diversidade cultural e produtiva do Brasil.

Iniciativas emergenciais em parceria com a feira: representam a solidariedade em ação, construindo uma rede de apoio e cuidado que promove a dignidade de cada indivíduo e fortalece os laços comunitários.

O encontro de gerações: na imagem, uma mulher idosa, com o rosto marcado pela sabedoria dos anos, acolhe em seus braços uma criança, símbolo da esperança e do futuro. O gesto terno e protetor expressa a profunda conexão entre as gerações, transmitindo a mensagem de que o futuro se constrói no presente, mediante atitudes de compaixão e empatia. A posição da mulher, ajoelhada diante da criança, reforça a ideia de proximidade e humildade, demonstrando que o aprendizado é mútuo, que a sabedoria não está apenas na experiência, mas também na capacidade de se abrir para o novo, de ouvir e acolher as novas gerações com amor e respeito.

A Sagrada Família em busca de refúgio: esta imagem, relacionada à realidade contemporânea de migrantes e pessoas em situação de rua, destaca a vulnerabilidade e a busca por segurança e dignidade que unem esses grupos.

Povos Indígenas, comunidades tradicionais e povos do campo: guardiões ancestrais da nossa Casa Comum, personificam a harmonia com a natureza e a importância da luta pela garantia de seus direitos. Essa luta, intrinsecamente ligado ao cuidado do nosso planeta, é fundamental para o cuidado e a proteção da Terra, nosso lar compartilhado.

Fonte: CNBB