CNBB 72 anos: “Evangelizar permanece sempre como a palavra de ordem da CNBB”

outubro 16, 2024 / no comments

CNBB 72 anos: “Evangelizar permanece sempre como a palavra de ordem da CNBB”

 

Os 72 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, celebrados neste dia 14 de outubro, foram marcados por uma missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, e concelebrada pelos bispos auxiliares de Brasília, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, dom Antônio Aparecido de Marcos Filho e dom Denilson Geraldo. Também concelebraram os padres assessores das Comissões da Conferência, do ordinariado militar e da nunciatura. Os frades do Santuário São Francisco de Assis animaram os cantos da celebração.

Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da CNBB, em razão de saúde não pode celebrar como estava previsto, mas trechos de sua homilia, escrita especialmente para a celebração, foram lidos pelo secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoespers. A homilia destacou inicialmente a alegria de ter o que agradecer – os 72 anos da CNBB – em torno da mesa da Eucaristia. “Tudo aqui tem a ver com a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”, refletiu.

Apóstolos Suos

A homilia destacou um trecho do que diz a Carta Apostólica de São João Paulo II, de maio de 1998, sobre o sentido de uma conferência espiscopal: “Instituição permanente, como agrupamento dos Bispos de uma nação ou determinado território, que exercem em conjunto certas funções pastorais a favor dos fieis do seu território, a fim de promoverem o maior bem que a Igreja oferece ao homens, sobretudo por formas e métodos de apostolado convenientemente ajustados às circunstâncias do tempo e do lugar, nos termos do direito”.

Dom Ricardo destacou que tal compreensão se verifica na história da CNBB. “Hoje estamos aqui na sede da CNBB para agradecer os 72 anos de história desta que é uma das mais antigas e maiores conferências de bispos do mundo. “O sonho de comunhão, participação e missão tem um longa trajetória da Igreja no Brasil. Foi antes mesmo do Concílio Vaticano II, com o empenho de dom Helder Câmara, que foi criada com sede no Rio de Janeiro, então capital federal, a CNBB em 14 de outubro de 1952”, ressaltou.

De acordo com o texto da homilia, desde então a evangelização proposta pela Igreja Católica no Brasil tornou-se cada vez mais um projeto eclesial articulado, organizado, planejado e avaliado com o zelo apostólico das centenas de bispos que serviram e servem ao povo brasileiro.

Igreja sinodal

“Evitando qualquer sombra de orgulho, não é exagero afirmar que a Igreja no Brasil antecipou nas estruturas de sua Conferência Episcopal alguns dos principais traços de uma Igreja sinodal. Os encontros, as assembleias, os estudos, as análises, as conversações, os debates… sempre estiveram presentes como passos em busca de uma palavra sólida que animassem as comunidades, seus membros e servidores”, destacou um trecho.

Na homilia também foi destacado a história de planejamento da ação evangelizadora que remonta ao Plano de Emergência, ou o primeiro Plano de Pastoral da Igreja do Brasil, elaborado no início dos anos 1960 em resposta ao pedido do Papa São João XXIII. “Desde então, os bispos brasileiros nunca deixaram de se encontrar e, entre suas atividades, de propor de tempos em tempos, novas e atualizadas diretrizes evangelizadoras”.

Em outro trecho, foi ressaltado que o mandato de evangelizar permanece sempre como a palavra de ordem da CNBB, como está descrito em seu objetivo geral. Dom Ricardo reforçou na homilia que a CNBB é um organismo composto por bispos, mas que sempre pode contar com um inúmeros colaboradores, homens e mulheres, padres e religiosas, leigos e leigas que na comunhão da mesma fé se somaram aos bispos para ver a Igreja do Brasil realização sua missão de evangelizar.

Ao final da celebração, o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, destacou o fato de dom Jaime ter assumido a presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho, o Celam, o que representa a importância da Igreja no Brasil para a América Latina e também para a Igreja de Roma, com sua recente nomeação como cardeal. “Devemos todos trabalhar juntos para que a Igreja, corpo de Cristo, se fortaleça cada vez mais também com a doação da Igreja no Brasil”, disse.

Fonte: CNBB (Willian Bonfim)
Fotos: CNBB (Luiz Lopes)

 

Equipe de animação do Sínodo no Brasil realizará live para orientar dioceses

julho 28, 2023 / no comments

Equipe de animação do Sínodo no Brasil realizará live para orientar dioceses

Com a publicação do Instrumentum Laboris, documento que será a base para o trabalho dos participantes do Sínodo sobre a Sinodalidade, programado para ocorrer em duas sessões: a primeira de 9 a 24 de outubro de 2023, e a segunda em outubro de 2024, no Vaticano, a Equipe de Animação do Sínodo no Brasil realizou uma reunião online na segunda-feira, 26 de junho, para fazer uma leitura e análise do texto.

O documento reúne a experiência das dioceses de todo o mundo nos últimos dois anos, a partir de 10 de outubro de 2021, quando o Papa Francisco deu início a um caminho para entender quais passos tomar “para crescer como uma Igreja sinodal”.

Segundo a assessora da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB e integrante da Equipe de Animação do Sínodo do Brasil, Mariana Venâncio, todo o grupo pôde interagir na reunião, apresentar algumas notas e considerações sobre o documento.

Ela revela que, como forma de aprimoração e formação, o grupo vai organizar uma live para orientar as dioceses sobre o Sínodo. A live acontecerá no dia 3 de agosto, às 20h, e será transmitida no Youtube da CNBB. A proposta é que ela seja direcionada às equipes diocesanas que vão ser responsáveis pela continuidade do processo sinodal nas dioceses.

O Instrumentum Laboris

Apresentado no dia 20 de junho, na Sala de Imprensa do Vaticano, o Instrumentum Laboris é composto por um texto e quinze fichas de trabalho que trazem uma visão dinâmica do próprio conceito de “sinodalidade”.

Há duas “macro-seções”: a Seção A, na qual se destaca a experiência desses dois anos e o caminho a seguir para se tornar uma Igreja cada vez mais sinodal; a Seção B – intitulada Comunhão, Missão, Participação – que destaca as “três questões prioritárias”, no centro do trabalho em outubro de 2023, ligadas aos três temas principais: crescer em comunhão, acolhendo a todos, sem excluir ninguém; reconhecer e valorizar a contribuição de cada pessoa batizada em vista da missão; identificar estruturas e dinâmicas de governança por meio das quais articular ao longo do tempo participação e autoridade em uma Igreja sinodal missionária.

Clique (aqui) e acesse o documento.

Informações: CNBB