Pastoral da Educação e a evangelização da cultura urbana

junho 14, 2019 / no comments

No dia 4 de junho, foi realizada mais uma reunião da Pastoral da Educação do Regional Leste 1, no Edifício São João Paulo II, na Glória, sob a coordenação do bispo referencial, Dom Nelson Francelino Ferreira, e também bispo da Diocese de Valença (RJ).

Na reunião, que é bimestral, os coordenadores diocesanos e assessores eclesiásticos das dioceses fluminenses discutiram dois temas.

 

Projeto da ANEC

Foi discutido o projeto da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), que é uma roda de conversa sobre políticas públicas, tema da Campanha da Fraternidade de 2019.

“É um projeto da ANEC que envolve as escolas católicas, particulares e públicas, voltado aos gestores dessas escolas, que será realizado em todos os estados, com a proposta de pensar na educação e nas políticas públicas. Pedimos para que fosse dada uma atenção especial aos profissionais da educação que se encontram desmotivados, e também que fosse oferecida uma educação de qualidade e integral, que valorizasse a pessoa como um todo”, disse.

Dom Nelson informou que a mesa- redonda sobre educação e políticas públicas vai acontecer no dia 27 de junho, das 10h às 13h30, no Colégio Salesiano, em Niterói.

 

Diretrizes da CNBB

Num segundo momento, foram tratadas as Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023), aprovadas na 57ª Assembleia Geral, realizada em Aparecida (SP).

“Conversamos como estruturar a Pastoral da Educação e como evangelizar a cultura urbana no contexto do mundo da educação, como resposta às novas Diretrizes da Igreja no Brasil, sustentadas por quatro pilares: Palavra: iniciação à vida cristã e animação bíblica; Pão: liturgia e espiritualidade; Caridade: serviço à vida plena; e Ação Missionária: estado permanente de missão”, explicou Dom Nelson.

 

Colaboração: Carlos Moioli – ArqRio

 

 

Nota da CNBB sobre julgamento no STF a respeito da criminalização da homofobia

junho 12, 2019 / no comments

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nesta quarta-feira, 12 de junho, nota sobre o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal a respeito da criminalização da homofobia. “Em diálogo com os setores da sociedade que buscam fortalecer a punição para os casos de homofobia, a Igreja pede clareza nos processos em curso no Judiciário e Legislativo”, afirma a CNBB.

E acrescenta: “a liberdade religiosa, que pressupõe o respeito aos códigos morais com raízes na fé, deve ser compatibilizada com as decisões judiciais relacionadas à criminalização da homofobia. A doutrina religiosa não semeia violência, mas, ao contrário, partilha um código de condutas que promove a defesa da vida. Informar e orientar os fiéis sobre o matrimônio, aconselhá-los em questões relacionadas à família e à conduta pessoal não pode ser considerado ofensa contra pessoa ou grupo”.

Leia a nota na íntegra:


 

Nota da CNBB

 

  1. A Igreja Católica, especialmente por sua Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, historicamente, é defensora incondicional da vida, desde a sua concepção até a morte natural. Nesse sentido, é contrária a qualquer ato de violência. Atentados contra a vida merecem a mais severa condenação por parte de toda a sociedade civil e, principalmente, das autoridades devidamente constituídas.
  2. Dedicamos a nossa atenção ao julgamento, em curso, no Supremo Tribunal Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 26) e do trâmite no Senado Federal do Projeto de Lei 672/2019 para alterar a Lei 7.716/1989. Nosso posicionamento é alicerçado em princípios ético morais que defendem o respeito a todos, sem distinções.
  3. O Magistério da Igreja indica o acolhimento solidário e respeitoso, evitando-se todo sinal de discriminação. Isto não significa se omitir ou negar o que ensina a sua doutrina: o matrimônio é a união entre o homem e a mulher, com a possibilidade de gerar vida. Nesse sentido, em diálogo com os setores da sociedade que buscam fortalecer a punição para os casos de homofobia, a Igreja pede clareza nos processos em curso no Judiciário e Legislativo: a liberdade religiosa, que pressupõe o respeito aos códigos morais com raízes na fé, deve ser compatibilizada com as decisões judiciais relacionadas à criminalização da homofobia. A doutrina religiosa não semeia violência, mas, ao contrário, partilha um código de condutas que promove a defesa da vida. Informar e orientar os fiéis sobre o matrimônio, aconselhá-los em questões relacionadas à família e à conduta pessoal não pode ser considerado ofensa contra pessoa ou grupo.
  4. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confia e espera que as autoridades do Judiciário e do Legislativo, cônscios de suas responsabilidades, trabalhem, de modo adequado, dedicando-se, com profundidade, a essa questão que exige também ouvir diferentes perspectivas. Um tema tão delicado e complexo exige ser tratado pelo amplo diálogo e pela reflexão de toda a sociedade. Assim, é possível contribuir para promover a harmonia social em uma sociedade que precisa superar as polarizações. Assegurar cada vez mais a integridade do cidadão, a partir do respeito fraterno que todo ser humano deve cultivar em relação a seu semelhante. Esse compromisso requer irrestrito respeito a princípios morais e religiosos intocáveis.
  5. Em espírito de comunhão e serviço, a CNBB quer colaborar para que se encontre o caminho necessário para vencer injustiças e perseguições – a violência contra o ser humano, que inclui também o desrespeito à liberdade religiosa e aos valores do Evangelho de Jesus Cristo, “caminho, verdade e vida”.

 

Brasília, 12 de junho de 2019.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler, OFM

Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Joel Portella Amado

Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB