Toda vida importa: Neste sábado, 19 de junho, CNBB reza pelas 500 mil vítimas do novo coronavírus.

junho 18, 2021 / no comments

Toda vida importa: Neste sábado, 19 de junho, CNBB reza pelas 500 mil vítimas do novo coronavírus.

 

Com o mote de que “Toda vida importa“, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza no próximo sábado, 19 de junho, um dia de sensibilização e orações em memória dos mortos pelo novo coronavírus. Com a previsão de o país atingir 500 mil mortes no próximo sábado, a Conferência escolheu a data para manifestar solidariedade, esperança e consolo.

Redes sociais

Durante a reunião do Conselho Permanente da CNBB, realizada nesta quarta e quinta-feira, 16 e 17 de junho, a iniciativa foi apresentada aos bispos. A proposta é que os prelados utilizem a identidade visual da ação como foto de perfil nas redes sociais, bem como a hastag #todavidaimporta nas publicações. Outra sugestão é que os sinos das Igrejas toquem às 15h de sábado.

Missa

No mesmo horário, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, preside a Santa Missa na intenção das 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil. A celebração será no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), com transmissão pelas redes sociais da CNBB e por emissoras de TV de inspiração católica, como TV Horizonte, TV Pai Eterno, Rádio e Rede Imaculada e TV Nazaré.

Oração

A CNBB também vai oferecer um vídeo de oração pelos 500 mil mortos na pandemia. Composta pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a oração será narrada pelo jornalista Silvonei José, que atua em Vatican News. A sugestão é que as emissoras de TV utilizem o material ao final dos telejornais, como uma homenagem aos que se foram ou em outros programas. O vídeo também será distribuído nas redes sociais da CNBB e rádios católicas.

A oração lembra dos irmãos e irmãs que morreram em decorrência da pandemia do novo coronavírus, “muitas sem o mínimo necessário para o tratamento digno como ser humano”. O pedido é que Deus Pai acolha esses filhos e filhas e conceda-lhes a paz eterna. A prece também é que o povo brasileiro possa trabalhar por solidariedade, acolhimento, partilha, compreensão e resiliência. “Que a saudade seja estímulo à fraternidade!
E que a fé seja o sustento de nossa esperança!”.

 

Fonte: CNBB

Advento: renovar a mesma novidade

novembro 29, 2020 / no comments

Advento: renovar a mesma novidade

Este domingo, 29 de novembro, marca o início do tempo de preparação para o Natal do Senhor. É o Advento, cujo significado tem a ver com “chegada”, “vinda” “presença”. São 4 semanas, marcadas pela recordação das profecias da promessa da salvação de Deus e pelo insistente convite à vigilância.

Com ele o cristão é convidado a despertar para a chegada certa do Senhor que vem no Natal, mas que também escolheu irromper na vida da gente em tantas situações especiais e nas mais corriqueiras. Por isso ouvimos Jesus no Evangelho a nos alertar: “Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento” (Mc 13, 33). O momento a que se refere Jesus não é apenas o fim dos tempos ou a hora da morte, mas também as constantes visitas que Ele faz, trazendo novidade à vida da pessoa e à história do mundo.

É oportuno que todos os anos se reserve um tempo para esperar aquele que já chegou, mas que também chega todos os dias, “renovando assim a mesma novidade” (Orígenes, séc. III). O grande problema é acostumar-nos com a visita de Deus de tal modo que nos tornamos insensíveis ou indiferentes a esta presença que é sempre nova. Passam os anos, renovam-se os acontecimentos e acabamos por perceber que a única possibilidade de real novidade parte de Jesus Cristo. A sua Ressurreição é o único fato inédito da história e é a garantia da vitória do amor em cada época.

Recentemente visitava uma comunidade terapêutica da Casa do Menor e ouvi testemunhos que coincidiam em afirmar que a vida vivida na rua, nas drogas, no desamor, encontrou possibilidade de renovação real quando encontrou o amor de Deus. A presença do Ressuscitado é portadora de vida no meio de tantos sinais de morte no momento presente.

Nossas expectativas de libertação talvez se tornaram ainda mais vivas depois das tantas pandemias que vimos surgir no ano de 2020. Atravessamos o ano com uma sombra que nos acompanhou, semeando lutos, incertezas e medos. Mas, os sinais da presença do Crucificado Ressuscitado também nos acompanharam.

Podemos citar tantos exemplos: as descobertas na vida de família; as palavras do Papa Francisco; na Igreja fizemos a descoberta ainda mais concreta de um ensinamento do Concílio Vaticano II, a Igreja doméstica como lugar de comunhão com Deus e com os irmãos, de escuta da Palavra de Deus, de oração e de caridade; tanta bondade evidenciada em tantas iniciativas a favor dos mais vulneráveis; e a convicção, tímida ainda, mas real de que a humanidade precisa ser diferente.

O tempo do Advento é tempo de profecia. Ouviremos Isaias, João Batista, e outros profetas, mas também cada cristão deve assumir com urgência a dimensão profética do seu Batismo e ter a coragem de falar do amor de Deus e do seu projeto para uma humanidade nova. Por meio de tantas profecias Deus preparou o Natal de Jesus entre nós há dois mil anos. Hoje, novos profetas, espalhados pelas casas e nos mais diversos ambientes da convivência humana, deverão preparar um Natal diferente: de mais realidade e menos fantasia, o mesmo Natal de Jesus que encheu outrora o coração de tantos homens e mulheres simples de uma esperança certa.

A certeza com encontro o Senhor inspire nossa oração, as Novenas de Natal celebradas em família, as numerosas iniciativas de caridade, de atenção aos tristes e abandonados, enfim, o clima de verdadeira festa marcado pela presença certa do Senhor.

Bom Advento!

 

Artigo de Dom Gilson Andrade da Silva, bispo de Nova Iguaçu e Vice-presidente do Regional Leste 1 – CNBB.