“A vida que atrai é a vida que se doa”, afirmou Dom Gilson na Assembleia Formativa do COMIRE
Com a presença do vice-presidente do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Gilson Andrade da Silva, bispo de Nova Iguaçu, o Conselho Missionário Regional (COMIRE) realizou a Assembleia Formativa, no dia 11 de dezembro, com o tema Eucaristia e Missão. O encontro contou com a participação de representantes de várias dioceses do Regional, assim como representantes dos comipas da Diocese de Petrópolis.
O vice-presidente do Regional Leste 1, presidiu a missa de encerramento da Assembleia Formativa, frisando durante sua homilia que é preciso testemunhar com a vida. Viver uma plena comunhão com Deus que se dá a partir de uma experiência de fé a partir da eucaristia.
– A vida que atrai é a vida que se doa. As pessoas que mais nos atraem, são as pessoas que não pensam em si, que pensam nos outros. Imitar Jesus na eucaristia, celebrar bem a missa, participar da oferta, mas depois a gente tem que ser e viver a eucaristia também. A fonte da nossa alegria é a nossa comunhão com Deus e depois fazer o bem, fruto desta comunhão”, afirmou Dom Gilson Andrade.
O encontro aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Imaculada e Santo Aleixo, com a presença de representantes do Comire e coordenação do Padre Jovane Carmo. Partindo do tema central do encontro. Eucaristia e Missão, a assembleia contou com o testemunho missionário do Padre Carlos Caridade, que por mais de 10 anos foi missionário na região da Amazônia, na Diocese de Parintins.
Padre Carlos Caridade ressaltou a importância do missionário saber viver com aquilo que lhe é dado, pois coloca-se a serviço do Evangelho. Ele contou que muitas vezes, diante das dificuldades, sempre pensava que estava ali por uma escolha sua e por isso não podia reclamar. Aos poucos, segundo ele, foi percebendo a importância de se viver com o pouco, ou melhor, com aquilo que lhe era oferecido. “A missão é se entregar e está pronto para viver todos os momentos e ir para onde for chamado”, comentou, ao falar que nos últimos quatro anos sua principal missão em Parintins foi ser diretor de uma rádio.
– Ser missionário é despojar-se de si mesmo. Durante o período em que estive em missão, muitas vezes tinha que tomar banho no rio, andar muitas horas de barco ou pé para chegar numa comunidade e comer tudo que era dado. As comunidades ofereciam algo para comer e ofereciam o que tinham de melhor e vivíamos de acordo com a realidade de cada comunidade. Numa tinha fartura e em outra faltava tudo. Mas, tinha sempre o olhar que a comunidade nos recebia e nos oferecia o que elas tinham de melhor e comíamos, mesmo que não gostássemos de alguma coisa. Comia porque a comunidade oferecia com amor e que tinham de melhor. Ser missionário é ser presença na vida das pessoas, levar uma palavra, mas também aprender com eles, frisou Padre Carlos.
Olhar a missão dentro do contexto da Sinodalidade convocada pelo Papa Francisco para viver o Sínodo 2021/2023, foi o tema apresentado pela professora de história, Beatriz Leal. Ela destacou a importância do trabalho conjunto, lembrando que o objetivo do Papa Francisco é que todos trabalhem juntos e façam esta caminhada sinodal juntos. Para a professora não é possível pensar uma Sinodalidade como o Papa pensou se as pessoas não participarem, se a paróquia não estiver envolvida e bispos, padres e leigos não se ouvirem.
O coordenador do Comire, Padre Jovane Carmo falou sobre o tema central da Assembleia Formativa, Eucaristia e Missão. Ele lembrou que a eucaristia é a fonte da fé cristã, sendo o “maior tesouro da Igreja. A Igreja vive da eucaristia, pois ela nos faz transbordar da graça, da fé, do entusiasmo por Cristo”.
Padre Jovane lembrou que todo batizado é chamado a ser missionário e precisar anunciar Jesus Cristo, mas, para que este anúncio seja verdadeiro é preciso viver dele e com ele, por isso a vida de eucaristia é fundamental. Ainda segundo ele, na missa ao receber Jesus eucarístico somos enviados, por isso é fundamental estar unidos a Cristo para que possamos dar testemunho.
Colaboração e imagens: Rogério Tosta / ASCOM – Diocese de Petrópolis