Monsenhor Guedes publica livro sobre Liturgia

setembro 4, 2019 / no comments

Com o título “A Centralidade do Mistério Pascal nas Celebrações Litúrgicas”, Monsenhor João Alves Guedes acaba de publicar mais um livro pela Editora INTERSABERES, da UNINTER, Universidade do Ensino a Distância de Curitiba, onde o autor é professor.

A obra possui 262 páginas com seis capítulos que são: O Domingo, O Ciclo Pascal, O Tríduo Pascal, O Tempo da Quaresma, O Ciclo do Natal e Festas Litúrgicas.

O autor trabalha da Promessa à Ascenção, do Gênesis ao Apocalipse numa dinâmica grandemente pedagógica por se tratar de uma obra a ser usada pelos inúmeros alunos dedicados ao Ensino a distância.

Na Apresentação do livro escreve Dom Armando Bucciol, então presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia: “As reflexões que Monsenhor João Alves Guedes nos proporciona neste estudo desenvolvem, com competência, essa centralidade do Mistério Pascal, a qual nos acompanha ao longo do Ano Litúrgico, de modo que, na mais profunda compreensão do que celebramos, consigamos viver mais intensamente o dom do Senhor à sua Igreja”.

As datas do lançamento da obra já estão marcadas: 28/09, nas Paulinas de Niterói; 3/10, na Casa da Cultura de São Pedro da Aldeia e 25/10, em Rio Bonito.

O autor dedica a obra à Arquidiocese de Niterói.

Uma igreja em saída: Sair como? Para Onde? Quando? Para que?

junho 26, 2019 / no comments

Nesta nossa abordagem sobre o verbo sair, tentaremos fazer um aprofundamento sobre a exigência e o comprometimento que este verbo provoca. A vida, com todas as suas implicações, evoca uma constante saída com critérios seguros exigidos pelo dinamismo de nossa existência. Sair é parte integrante e essencial para se chegar a alguém, começando em nós mesmos, a algum lugar e na busca de alguma coisa. Sair evoca múltiplas exigências: sair para onde, para que, com quem, quando carecendo sempre de objetivos. è sensato que saiamos alimentados por nossa própria vontade, alicerçados de maturidade com sólidos fundamentos. a vida é um constante e imprescindível sair: saímos da mente amorosa de Deus para o útero materno e, depois de algum tempo, saímos da vida intra-uterina para participarmos de uma história em curso. Sair exige sempre um complemento porque quem sai almeja necessariamente, alcançar um objetivo.

Contudo, é necessário se agigantar diante das desafiadoras determinações que o sair requer. Antes de mais nada, cada pessoa precisa cultivar os necessários esforços e desafios que a abalizem para a necessária saída de seu prioritário eu para se chegar a nós. se os nossos bens, nossa história, nossos conceitos, nossos postos e nossas verdades forem sempre superiores às necessidades e desafios do bem comum, fica difícil conjugarmos o verbo sair. Falarmos da necessidade de uma Igreja em saída sem admitirmos que precisamos sair do nosso espaço centralizador para uma abertura laboriosa em função do crescimento do ambiente e das pessoas é teoria vazia e improdutiva. Quem não tem ânimo e abertura para entender a metodologia, a mística, a pedagogia e o apelo da mãe igreja, hoje, não terá condições de ser um agente missionário e ministro sagrado se prendendo mais a uma visão apenas unilateral nociva por ser estreita sem a devida preocupação de se abrir ao conhecimento e a vivência com as pessoas e realidades diferentes que trazem desafios. Maria santíssima e Abraão poderão e deverão ser nossos protótipos.

Talvez, para se compreender e assumir a necessidade de uma igreja em Saída há uma urgente preocupação da reflexão para se descobrir o alcance do sair de nós mesmos como primeiro e prioritário desafio servindo-nos dos pilares chamados diálogo, comunhão, serviço e testemunho. É de uma constante abertura para as múltiplas diversidades. Aqui esta o verdadeiro sentido de inculturação que não é tanto receber a diversidade das culturas, mas as pessoas com suas várias diferenças.

A descoberta e a abertura para uma Igreja em saída nunca serão utópicas quando enfrentarmos maduramente o desafio da partilha, com as mãos que se abrem, da crescida noção de sermos servidores e não proprietários da missão, seja ela qual for, recebida desta nossa Igreja, não perdendo de vista o sentire cum ecclesia numa perene conjugação daquilo que pregamos com aquilo que vivemos.

E, por fim, sairmos para abraçarmos a nossa cruz que, conforme canta Pe. Zezinho, é feita de dois riscos e sem estes dois riscos não se tem Jesus; um horizontal e outro vertical; o vertical eleva e o horizonte abraça tendo o Mistério Pascal como nossa referência máxima e já sentindo e cultivando uma subjacente espiritualidade num clima de eternidade.

 

Monsenhor João Alves Guedes