Dom Luiz Ricci é nomeado para Nova Friburgo (RJ)

maio 6, 2020 / no comments

 

Prezado irmão, Dom Luiz Antônio Lopes Ricci.

 

O Conselho Episcopal Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta alegria com sua a nomeação como Bispo Diocesano de Nova Friburgo (RJ), promulgada na manhã desta quarta-feira, 06 de maio, pelo Papa Francisco.

Em tempos de incertezas e angústia, sua nomeação nos consola e dá esperança, pois o senhor é o que podemos chamar de pastor necessário para o tempo presente: homem bom e alegre, simples e atento às necessidades do Povo, principalmente dos mais pobres. Consola-nos ainda saber que o Santo Padre, o Papa Francisco, com seu olhar atento de pastor, está sempre cuidando e rezando pela nossa Igreja no Estado do Rio de Janeiro.

Saudamos e agradecemos também o Exmo. e Revmo. Dom Paulo Antônio de Conto, Bispo Emérito de Montenegro (RS), que aceitou o pedido do Santo Padre para conduzir temporariamente a Diocese de Nova Friburgo, como Administrador Apostólico. A esta Diocese, que Dom Paulo carinhosamente nomeou de Diocese da Alegria, enviamos nossa bênção e cumprimentos.

Pedimos à Imaculada Conceição que abençoe Dom Luiz Ricci e o acompanhe nessa nova missão que lhe é confiada em seu ministério episcopal, para que seja fecunda, feliz e abençoada. Que como a Virgem Mãe, ele também continue exultando pelas ações do Altíssimo e exclamando: “O Senhor fez em mim maravilhas”.

 

Em unidade e fraternidade,

 

DOM JOSÉ FRANCISCO REZENDE DIAS

Arcebispo Metropolitano de Niterói (RJ)
Presidente do Regional Leste 1 – CNBB

DOM GILSON ANDRADE DA SILVA

Bispo de Nova Iguaçu (RJ)
Vice-presidente do Regional Leste 1 – CNBB

DOM TARCISIO NASCENTES DOS SANTOS

Bispo de Duque de Caxias (RJ)
Secretário do Regional Leste 1 – CNBB

 

A oportunidade do momento presente

abril 25, 2020 / no comments

Um trecho dos Atos dos Apóstolos, lido recentemente na liturgia pascal, nos conta como os apóstolos, colocados na prisão por causa do testemunho do Evangelho, foram milagrosamente libertos por um anjo que lhes abriu uma porta e lhes ordenou que fossem contar ao povo, no Templo, tudo o que se referia àquele novo modo de viver (cf. At 5, 17-26).

O contexto desfavorável para a missão, naquela primeira hora da comunidade cristã, foi transformado em oportunidade. A Providência divina encontra meios de abrir portas às prisões que nos são impostas. Lembro-me do relato de um frade dominicano que tendo sido designado para uma missão em Cuba, espantou-se ao ver o sorriso das pessoas do local, enquanto passavam fortes restrições de todo o tipo, devido ao regime ditatorial que enfrentavam. Ele perguntou a uma pessoa sobre como ela continuava mantendo o sorriso numa situação tão deprimente. Ela então respondeu: “o sorriso é o que temos, o que nos resta. E isso não podem nos tirar”.

Há sempre um espaço que não deixa de ser nosso. Precisamos tomar consciência disso e apossar-nos daquilo que temos como oportunidade em qualquer situação que atravessamos na vida. Há sempre algo a adicionar quando parece que só estamos perdendo.

Ouvi alguém comentar que as pessoas estão se reinventando, no contexto da pandemia. Reinventar-se para não se paralisar na lamentação. Nada mais cristão do que o velho ditado: “fazer limonada com o limão que a vida oferece”. Talvez alguém diga que essas palavras caberiam bem em um livro de autoajuda, mas não diante do que está acontecendo. É bom lembrar que as pandemias registradas na história foram também ocasião de fortalecimento e progresso para a humanidade e não apenas de sofrimento.

Além disso, o espírito cristão tem seu apoio na fé no Cristo Ressuscitado, vencedor do pecado, do mal e da morte. A visão que o cristianismo tem do mundo e da história possuia sua base na fé na criação e na nova criação inaugurada por Cristo. Por isso, é próprio do cristão abraçar a humanidade com otimismo e esperança. A atual urgência sanitária desafia a nossa visão acerca de tudo,desde o modo como nos relacionamos com a natureza ao aspecto mais importante das relações com Deus e entre nós. Esta pandemia pode nos ajudar a retornar à base daquilo que, de fato, somos, sem retrocessos diante das autênticas conquistas da humanidade.

Nas encruzilhadas da vida, Deus se encarrega de se aproximar de nós e nos ajudar a ver que se pode abrir uma estrada no deserto, que há sempre um novo caminho que pode ser percorrido. Podemos, talvez, nos paralisar diante da pergunta que todos nós fazemos: até quando isso vai se prolongar? É fácil parar aqui e procurar ajeitar as coisas simplesmente esperando a tempestade passar. Na verdade, não sabemos muito sobre o tempo, mas sabemos que temos esta hora, este momento. O agora é ocasião de cuidados, de restrições, de sobressaltos econômicos, e de tantas outras coisas que estamos enfrentando, cada um a seu modo. Mas o agora é o que temos e não o depois, aproveitemo-lo! Fujamos da tentação de procurar refúgio no passado ou da fuga imaginária para um futuro que sequer sabemos se será ou não o nosso.

O Evangelho nos oferece a sabedoria de aproveitar como oportunidade o momento presente: “a cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 34).