Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro homenageia bispos com a Medalha Tiradentes
Na última quinta-feira, 03 de agosto, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizou uma sessão solene para a entrega da Medalha Tiradentes a Dom Gilson Andrade, bispo de Nova Iguaçu, e Dom Luiz Henrique da Silva Brito, bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda. A cerimônia aconteceu no Plenário do Palácio Tiradentes.
Além dos membros da presidência do Regional Leste 1 – CNBB, outras personalidades eclesiásticas também foram agraciadas com a honraria, incluindo Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, e Dom Filipe da Silva, abade do Mosteiro de São Bento que foi representado no evento por Dom Anselmo Chagas Paiva, diretor da Faculdade São Bento. O evento contou com a participação da Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, mantida pela ONG Orquestrando a Vida, da cidade de Campos dos Goytacazes, que também recebeu a Medalha Tiradentes.
O Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, esteve presente e parabenizou os homenageados. Ele agradeceu ao Deputado Estadual Márcio Gualberto, autor do Projeto de Lei que possibilitou a homenagem, destacando a importância do trabalho da Igreja em prol do bem comum no Estado do Rio de Janeiro. Dom Orani enfatizou que a Igreja não apenas cumpre o seu papel religioso, mas também se dedica a educar o povo para o que é justo, belo e bom, contribuindo para a melhoria das cidades e auxiliando diversas pessoas por meio de trabalhos sociais.
Vozes dos que não tem voz
Ao receber a distinção, Dom Gilson Andrade que é presidente do Regional Leste 1 – CNBB, agradeceu e fez um apelo às autoridades presentes para que se sensibilizem com as necessidades da região da Baixada Fluminense – “com esta homenagem se põe em destaque a relevância, em relação ao bem comum, da presença da Igreja católica na região da Baixada Fluminense, marcada pelo estigma da desigualdade social e da violência. A Igreja Católica na Baixada sempre procurou os meios para ser presença atuante ao lado dos marginalizados e pobres. Inúmeras iniciativas de cunho socioeducativo são promovidas pelos católicos para o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo e do seu Reino, na linha da garantia dos direitos humanos fundamentais e da transformação social. Com a nossa presença neste Plenário, o olhar desta casa se volta mais uma vez para a realidade da Baixada Fluminense e o clamor por reconhecimento e mais empenho da parte do poder público pela dignidade das pessoas que lá vivem, especialmente os mais pobres” disse, Dom Gilson.
Em consonância com essas questões, Dom Luiz Henrique, secretário do Regional Leste 1 – CNBB, também agradeceu pela homenagem e dedicou-a ao povo do sul fluminense e do Vale do Aço. Em seu discurso, o bispo fez um apelo corajoso aos deputados – “a população voltarredondense e da região pede socorro. Senhores Deputados sejam corajosos! Há 6 anos, a obrigatoriedade do Estado na medição dos poluentes particulares foi retirada da fiscalização. Todos os outros estados possuem esta aferição. Faço este apelo em nome do querido povo do Sul Fluminense, precisamos de vocês. Nos apoiem nesta luta por mais qualidade de vida. Essa Medalha Tiradentes representa o apelo dos cidadãos do Sul Fluminense para a ampliação da fiscalização dos poluentes. Na região, destaca-se o Rio Paraíba do Sul, o mais importante para a capital e o estado do Rio de Janeiro” finalizou, Dom Luiz Henrique.
Medalha Tiradentes
A Medalha Tiradentes é a mais alta honraria concedida pela ALERJ e foi instituída através da Resolução Nº 359, de 8 de agosto de 1989. Seu objetivo é premiar pessoas e entidades que tenham prestado relevantes serviços à causa pública no estado do Rio de Janeiro. A entrega da medalha é uma forma de reconhecimento e agradecimento às pessoas e entidades que contribuem para o bem-estar da sociedade e para o desenvolvimento do Estado.
Imagens: Adielson Agrelos – CNBB Leste 1