Religiões se unem em ato pelo maior controle das armas de fogo
Praticantes de diferentes religiões se uniram no último domingo (21), no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, em um ato para pedir maior controle das armas de fogo. Estiveram presentes católicos, evangélicos, candomblecistas, umbandistas, kardecistas, entre outros. Vítimas da violência e familiares também participaram.
Dom Gilson Andrade, bispo de Nova Iguaçu e presidente do Regional Leste 1 – CNBB, compareceu ao evento e, na companhia do Monsenhor Luiz Antônio, coordenador da pastoral de favelas da Arquidiocese do Rio de Janeiro, se reuniu junto aos fiéis católicos que lá estavam. O bispo exortou sobre a importância da promoção da uma cultura de paz frente aos inúmeros casos de violência em nossa sociedade e a responsabilidade dos católicos na construção de uma sociedade que supere o ódio e as divisões.
De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pela organização não governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as mortes violentas intencionais fizeram 47.503 vítimas em 2021, sendo que 76% dos casos envolveram emprego de arma de fogo. Já um levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta que, no mês passado, 20 pessoas foram feridas por bala perdida na região metropolitana do Rio de Janeiro. Deste total, nove morreram.
A manifestação “A força da fé no controle das armas de fogo” foi convocada pelo Viva Rio, um movimento que desenvolve desde 1993 atividades pela contenção da violência na capital fluminense. Nos últimos dias, diferentes lideranças religiosas convocaram para o ato em vídeos publicados por meio das redes sociais.
De acordo com o Viva Rio, o ato marca o início de uma campanha nacional pelo controle de armas no país, em parceria com outras instituições da sociedade civil. A instituição cobra uma segurança pública mais focada em atividades de inteligências, rompendo com o círculo do tiroteio. “Temos que parar com estes tiroteios absurdos que apavoram crianças, tiram a vida de pessoas inocentes e destrói famílias inteiras. A paz é plenamente possível”, afirmou Sebastião Santos, fundador e diretor de relações institucionais do Viva Rio.
Com informações da Agência Brasil (EBC)