Bispo do Regional Leste 1 recebem visita do Núncio Apostólico
Em visita à Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Núncio Apostólico da Santa Sé no Brasil, Dom Giambattista se reuniu, no Edifício São João Paulo II, Cúria Metropolitana, com os bispos diocesanos, auxiliares e eméritos das Circunscrições Eclesiásticas que integram o Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O diplomata foi acolhido pelo arcebispo de Niterói e presidente do Regional Leste 1, Dom José Francisco Rezende Dias que fez uma breve apresentação da Igreja no Estado do Rio de Janeiro, contando sobre a fundação dos organismos institucionais da Igreja no Brasil e na América Latina que aqui surgiram sob a inspiração e esforço de Dom Hélder Câmara e de São Paulo VI que na época era então subsecretário de Estado do Vaticano. Dom José Francisco apresentou também os principais desafios da Igreja no Estado, sobretudo as realidades de violência comum em tantas Dioceses.
Após a acohida, Dom Giambattista fez uma breve fala e abriu espaço para que os pudessem falar das suas realidades específicas. “Quero estar junto dos bispos para ouví-los. Vim para o Brasil para ouvir e trabalhar muito”, disse o Núncio.
“Cada bispo se apresentou ao núncio e fez comentários gerais a respeito de seu episcopado e das características gerais das dioceses com seus desafios. Os bispos também puderam se dirigir ao Núncio de maneira mais livre, fazendo perguntas e tirando dúvidas, no que Dom Giambattista respondeu prontamente”, explicou o bispo auxiliar do Rio de Janeiro Dom Antonio Luiz Catelan Ferreira.
Segundo o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, que também esteve presente na reunião, o grupo dos bispos do Regional Leste 1 se alegrou no primeiro contato presencial com Dom Giambattista. Ele afirmou que é enriquecedor “estar juntos”, ainda mais com o “representante do Santo Padre”.
“Para bem cumprir sua missão, o núncio precisa conhecer a realidade da Igreja em que está servindo. Um dos melhores meios para esse conhecimento é, sem dúvida, a presença, o contato direto, com a escuta das situações. O núncio conhece a realidade por meio dos relatórios que lhe são enviados. Mas a leitura de relatórios, por melhor que seja, não isenta do contato pessoal”, disse o secretário-geral.
Para Dom Joel, a presença do núncio contempla a unidade com o Santo Padre, tanto da parte dele quanto por parte da Igreja local, porque ele é recebido como um representante do Papa.
“Acolher o núncio é acolher o Santo Padre que o enviou. Compartilhar com o núncio as alegrias e as preocupações de uma diocese é compartilhar com o Santo Padre, pois o núncio é a presença mais próxima do coração, dos olhos e ouvidos do Santo Padre, a quem, por função, o núncio apresenta as alegrias e preocupações que ouve”, disse o Secretário-Geral.
Dom Joel destacou que sempre houve proximidade dos núncios apostólicos no Brasil na história da Arquidiocese do Rio de Janeiro e, por extensão, das demais dioceses do Regional Leste 1.
“É uma história de proximidade. Por longo tempo, a nunciatura funcionou no Rio de Janeiro, que era, não nos esqueçamos, a capital do país. Anualmente, quando a presencialidade permitia, o Núncio sempre participava do curso anual para os bispos, promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, disponibilizando-se a conversar com os bispos que solicitassem. Dom Giambattista já participou do curso, porém, em razão da pandemia, apenas de modo virtual”, concluiu Dom Joel.
Com informações de Carlos Moioli
Imagens: Gustavo de Oliveira – ArqRio e Adielson Agrelos – ASCOM Leste 1